sábado, 25 de agosto de 2012

Marcas VI: O Boticário

Como uma pequena farmácia se transformou na maior rede de franquias em perfumaria e cosméticos do mundo.

1977 - Inauguração da farmácia de manipulação, pelo farmacêutico Miguel Krigsner, no Centro de Curitiba (PR).

1979 - Lançamento da fragrância Acqua Fresca, que se tornou ícone da empresa.

Inauguração da loja no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
1980 - Abertura da primeira franquia O Boticário, em Brasília.

1982 - Inauguração da fábrica em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
1985 - 500 lojas espalhadas pelo Brasil.

1986 - Início da internacionalização da marca: primeira loja em Portugal.
2004 - Criação de Malbec, primeira fragrância produzida com álcool vínico no mundo, com processo de fabricação semelhante ao do vinho.

2005 - É concretizada a integração das lojas da rede no Brasil à sede da empresa, por meio do VSAT – avançado sistema de comunicação de dados, vídeo e áudio, via satélite.

2008 - O Boticário adota novo posicionamento: O Boticário. Acredite na Beleza.

2010 - A empresa passa a ser uma unidade de negócios do Grupo Boticário, criado no 33º aniversário de O Boticário.

 2011 - O Boticário lança nova logomarca e o slogan "Acredite na beleza." é substituído por "A vida é bonita, mas pode ser linda."


 




Marcas V: Contém 1g

De acordo com o site Wikipédia, a Contém 1g é uma empresa brasileira do ramo de cosméticos. Fundada em 1984 na cidade de São João da Boa Vista, a Contém 1g produz artigos para maquiagem. Iniciou seus negócios ligada ao ramo de confecção de roupas, mas em 1993 passou a trabalhar com o segmento de cosméticos. Em 2000, a empresa ingressou no segmento de varejo, através de franquias.
E, de acordo com o site da empresa:
Fundada em 1984, a produz maquiagem para todas as mulheres. Através da maquiagem, propomos um universo mágico, feminino, lúdico, encantador, desejado, belo e surpreendente, este é o nosso trabalho.
A iniciou seus negócios ligada ao ramo de confecção de roupas, mas em 1993 passou a trabalhar com o segmento de cosméticos. Em 2000, a empresa ingressou no segmento de varejo, através de franquias.
A empresa foi construindo seu espaço tanto fisicamente - com mais de 200 pontos-de-venda - quanto emocionalmente na vida das mulheres. Anualmente, vendemos milhões de itens de maquiagem que fazem parte de diversos momentos da vida de nossas usuárias.
Nosso trabalho é baseado em nossas missões e na visão da empresa, somos guiados pelos nossos valores.
Internamente, iniciamos cada reunião com uma oração. Anualmente, comemoramos o aniversário de fundação da empresa e fazemos uma confraternização de fim de ano. Com os nossos parceiros, realizamos a Convenção Nacional de Franqueados. Comemoramos cada atingimento de meta de faturamento, soltando rojões.
A principal força da são nossos colaboradores e parceiros que estão completamente envolvidos e comprometidos com as metas da empresa e trabalham com dedicação, humildade, criatividade e seriedade. Acreditamos na capacidade e talento de nossos profissionais, por isso, investimos na capacitação intensa de todos.
Com o conceito "fábrica boutique", utilizamos máquinas alemãs, suíças, italianas, americanas e inglesas de última tecnologia, utilizadas por grandes empresas de maquiagem internacional. Toda a linha de produção passa por um rigoroso controle e garantia de qualidade que refletem a seriedade e expertise da empresa. Utilizamos matérias-primas sofisticadas, com a qualidade de marcas de luxo, para produzir nossos produtos e surpreender as mulheres que irão usá-los. As embalagens são cuidadosamente escolhidas, levando em conta o glamour e a praticidade. Estamos o tempo todo atentos aos detalhes.
Somos uma empresa feminina, inspiradora e encantadora.
A marca está nos mais importantes shopping centers do país. São mais de 200 pontos em todo o Brasil. E mais do que isso, a marca está presente na vida de milhões de mulheres quando se maquiam para uma ocasião especial, para uma festa, um jantar, para o trabalho, ou simplesmente porque querem se sentir ainda mais lindas.

A ama o que faz.

Mais informações no site da Contém 1g: http://www.contem1g.com.br/
Se, você gostou desse post, ainda temos muito mais empresas de cosméticos e perfumaria famosos para lhe apresentar.
Aguarde o post de amanhã!
Bjokas!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Marcas IV: Mary Kay

A Fundadora:

Encantadora. Inspiradora. Uma história de sucesso única. Ao longo dos anos, muitos líderes de sucesso têm surgido, mas nenhum tão singular quanto Mary Kay Ash, a fundadora da Mary Kay. Seu sucesso deixou uma marca permanente nos negócios dos Estados Unidos e abriu as portas para que mulheres ao redor do mundo pudessem experimentar o êxito em seus próprios termos.

“Você pode!”

Estas palavras representam a essência de Mary Kay Ash e da Companhia que ela criou. É a essência a acompanhou por todo o seu crescimento, em Hot Wells, Texas. Quando ela enfrentava situações novas, sua mãe dizia: “Você pode Mary Kay, você pode.” Mary Kay Ash fez mais do que abraçar esse espírito tão inspirador – ela o passou adiante, por meio de uma empresa notável, que inspira pessoas em todo o mundo.
A história dessa companhia não teve início antes de Mary Kay Ash enfrentar uma situação muito familiar para muitas mulheres. Depois de 25 anos trabalhando no mercado de vendas diretas, Mary Kay Ash renunciou sua posição como diretora de treinamento nacional, quando um homem a quem ela havia treinado foi promovido a uma posição com o dobro do seu salário. Sua resposta foi visionária. Primeiro, começou a escrever um livro que ajudaria mulheres a conquistarem oportunidades que haviam sido negadas a ela. Mas logo ela percebeu que estava criando um plano que poderia fazer muito mais do que dar conselhos. Esse livro constituiu a base de uma nova oportunidade, na qual mulheres poderiam desenvolver seus talentos e alcançar sucesso ilimitado.
“Vislumbrei uma companhia na qual qualquer mulher poderia ter tanto sucesso quanto desejasse. As portas estariam abertas às oportunidades para as mulheres que estiverem dispostas a pagar o preço e tiverem coragem para sonhar.”
Assim, em 1963, com toda a experiência adquirida, seu plano e uma economia de 5 mil dólares, Mary Kay Ash pediu a ajuda de seu filho Richard, que na época tinha 20 anos e criou Beauty by Mary Kay. A princípio, essa era uma companhia dedicada a tornar a ainda mais bela a vida das mulheres. Ela foi fundamentada pela Regra de Ouro – não em princípios de mercado competitivos –, por isso desenvolve as pessoas rumo ao sucesso, baseando-se sempre nas seguintes prioridades: fé em primeiro lugar, família em segundo e carreira em terceiro. Era uma companhia, como a própria Mary Kay Ash dizia, “com coração”.
“O sucesso [de Mary Kay] é muito mais profundo do que apenas dólares e centavos, prédios comerciais e ativos. Para mim, o verdadeiro sucesso de nossa Companhia pode ser mensurado pelas vidas que temos tocado e dado esperança.”
Hoje, sua visão, sua valentia e seu forte espírito continuam a trazer oportunidades para que mulheres atinjam seu potencial e tornem seus sonhos realidade. Com mais de 1,8 milhão de Consultoras de Beleza Independentes espalhadas pelo mundo, nossa Companhia continua o legado de Mary Kay Ash, ao inspirar, enriquecer e fortalecer ou dar poder as mulheres, para que elas façam grandes coisas.

A empresa:

  • Vendas - As vendas mundiais dos produtos Mary Kay atingem a marca de $ 2,5 bilhões de dólares
  • Metas - Mais de 600 mulheres de todo mundo já se tornaram Diretoras Nacionais de Vendas Independentes, o maior nível na carreira independente.

  • Diretoras de Vendas Independentes - Mais de 39.000 mulheres ao redor do mundo já se tornaram Diretoras de Vendas Independentes.

  • Fabricação - A Mary Kay desenvolve, testa, fabrica e embala seus produtos em suas fábricas de tecnologia de ponta nos Estados Unidos e China e em parceiros de alta qualidade em diversos paises ao redor do mundo.

  • Ciência - Os cientistas da Mary Kay consultam regularmente dermatologistas independentes e outros experts da área médica de todo o mundo.

  • Qualidade - Em um ano típico a Mary Kay gasta milhões de dólares e conduz mais de 300.000 testes para assegurar que cada um de seus produtos preencha os mais altos padrões de qualidade, segurança e performance.

  • Testes - A Mary Kay não apoia testes em animais.
    A empresa está empenhada na eliminação de testes em animais e é uma forte defensora da utilização de métodos alternativos para comprovar a segurança dos ingredientes e produtos. Não realizamos testes de produtos ou ingredientes em animais e nem solicitamos a outros para realizá-los em nosso nome, exceto quando é exigido por lei. Por mais de duas décadas, temos sido um líder mundial em ajudar a desenvolver métodos alternativos para a segurança de nossos produtos. Esse compromisso continua hoje, em parceria com as agências reguladoras mundiais que gerenciam a segurança de cosméticos, com grupos de defesa dos animais e com os principais pesquisadores alternativos à experimentação animal, em um esforço para ampliar a aceitação global dessas novas abordagens.

  • Sede mundial - A sede mundial da Mary Kay localiza-se em Dallas, Texas, Estados Unidos.

Mais informações no site: http://www.marykay.com.br/

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Distúrbios respiratórios

Oi galera! Hoje falarei sobre problemas respiratórios, pois é no inverno que a incidência dessas doenças aparecem, por isso devemos tomar algumas medidas de prevenção para que não precise correr ao hospital em urgência, pois é nessa época que os hospitais ficam cheios, então para evitar filas e transtornos com hospital, que tal entender um pouco mais dessas doenças respiratórias e conhecer algumas medidas de prevenção, que pode fácilmente melhorar a condição de vida.

Para iniciar falarei desse sistema tão importante para nós, o sistema respiratório. É ele que nos dá a vida, se algo acontecer com alguma parte desse sistema outros também terão problemas. Por exemplo: O sistema respiratório é responsável por levar o oxigênio ao nosso corpo, se nosso sistema de respiração estiver debilitado, o oxigênio não passará direito pelas veias e artérias que levam ao nosso pulmão e coração, é essencial o sistema respiratório estar bem, pois ele é super importante para nossa vida!

Vejamos como nosso sistema respiratório funciona:

Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.
Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.
Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. 
Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdomen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.  Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma (ver controle da respiração).

Bem, depois dessa super explicação, que tal passarmos a intender o que são os distúrbios respiratórios?
De acordo com o site wikipédia, as doenças respiratórias são as que afectam o trato e os órgãos do sistema respiratório. Os factores de risco são tabagismo, a poluição, a exposição profissional a poluentes atmosféricos, as condições alérgicas e doenças do sistema imunitário, entre outros.



Sinusite

A sinusite é uma inflamação de cavidades existentes nos ossos da face, o seio da face ou sinus. Essas cavidades tem comunicação com as fossas nasais e podem ser invadidas por bactérias, que desencadeiam um processo infeccioso. Na sinusite aguda, a pessoa tem dor em diversas regiões da face e há corrimento nasal mucoso e, às vezes, purulento (com pus).

Resfriado

O resfriado comum pode ser causado por diversos tipos de vírus e é mais propício no inverno, época em que as células do corpo se tornam mais susceptíveis a infecções. Os vírus se instalam nas células da cavidade nasal e da faringe, provocando inflamações. A coriza (corrimento de líquido pelas narinas durante o resfriado), é conseqüência dessas inflamações. Além da coriza, podem aparecer outros sintomas, tais como sensação de secura na garganta, espirros, olhos lacrimejantes e febre.

Coqueluche

É uma das mais famosas doenças da infância, causada pela bactéria Haemophilus pertussi, que se instala na mucosa das vias respiratórias (laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos). A proliferação das bactérias causa forte irritação, com grande produção de muco (catarro). Toxinas produzidas pelas bactérias irritam terminações nervosas, desencadeando acessos de tosse, típicos da doença.
A coqueluche é prevenida pela vacina tríplice, que protege também contra a difteria e o tétano. Essa vacina é administrada em três doses, uma a cada trinta dias, a partir do segundo mês de vida.

Pneumonia

A pneumonia é uma infecção pulmonar causada por diversas espécies de bactérias e, às vezes, por fungos. A bactéria se instala nos pulmões, provocando aumento da secreção de muco e ruptura das paredes dos alvéolos. Os sintomas da doença são febre alta, falta de ar, dores no peito e expectoração de catarro viscoso e, às vezes, sanguinolento. Em geral, atinge pessoas que estão com sua resistência orgânica debilitada.

Tuberculose

Tuberculose é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis que se instala geralmente nos pulmões. Os alvéolos pulmonares inflamam-se e sofrem necrose (morte celular). A região necrosada é circundada por um tecido fibroso que limita e isola o foco infeccioso. Em geral, as lesões de uma primeira infecção tuberculosa regridem espontaneamente. No caso de uma reinfecção, pode ocorrer de os focos infecciosos atingirem, além dos pulmões, outros órgãos, causando lesões nos tecidos.
Os sintomas da tuberculose pulmonar são febre, sudorese noturna, fraqueza e perda de apetite e de peso.
A prevenção consiste em evitar o convívio com pessoas doentes e só consumir leite pasteurizado ou adequadamente fervido, pois a bactéria pode estar presente no leite. O tratamento é feito com antibióticos.

Bronquite Crônica

Mais de 75% dos pacientes com bronquite crônica são ou foram fumantes. Os bronquíolos secretam quantidade excessiva de muco, tornando-se comprimidos e inflamados. Os cílios do epitélio bronquiolar deixam de bater, e muco e partículas de sujeira vão se acumulando, dificultando a passagem do ar. A respiração torna-se curta e os acessos de tosse são constantes. Pessoas com bronquite crônica, em geral, acabam por desenvolver enfisema.

Enfisema

O enfisema é muito raro em pessoas que nunca fumaram. É a obstrução completa dos bronquíolos, com aumento da resistência à passagem de ar, principalmente durante as expirações. Pode ocorrer, então, rompimento das paredes dos alvéolos, com formação de grandes cavidades. Isso diminui a eficiência dos pulmões em absorver oxigênio e há sobrecarga do coração como forma de compensar a deficiência pulmonar. A sobrecarga leva a maioria dos pacientes com enfisema a morrer de insuficiência cardíaca.

Câncer de Pulmão

O hábito de fumar é a principal causa do câncer de pulmão. 80% desse tipo de câncer poderia ser evitado se as pessoas parassem de fumar. Diversas substâncias contidas no cigarro são cancerígenas. Células cancerosas originadas nos pulmões se multiplicam descontroladamente, podendo invadir outros tecidos do corpo, onde originam novos tumores.

Embolia Pulmonar

É o fechamento repentino da artéria pulmonar ou de um de seus ramos, provocado por bolhas de ar, fragmentos de tumores ou freqüentemente por coágulos sanguíneos.
O fechamento de uma artéria de pequeno calibre pode passar despercebido, mas se uma grande artéria for atingida, a pessoa é acometida por dor súbita no peito, falta de ar, aumento da transpiração, palpitações, cianose e eventualmente é levada à morte. A embolia pulmonar é responsável por cerca de 4% dos óbitos ocorridos nos grandes hospitais.

Rinite Alérgica

É uma inflamação das mucosas que revestem as cavidades nasais devido a processos alérgicos. Como conseqüência da inflamação, as células passam a produzir excesso de muco, que escorre pelas narinas.
Surtos repetidos de renite alérgica em crianças podem causar obstrução nasal definitiva, que leva a alterações ósseas na base do crânio. Como as rinites tem forte componente emocional, o afeto e as boas condições psicológicas fazem parte do tratamento da doença.

Asma Brônquica

É uma doença respiratória em que o espasmo e a constrição dos brônquios e a inflamação de sua mucosa limita a passagem do ar, provocando dificuldade respiratória. Com freqüência, deve-se a uma alergia, em particular ao pó, pêlo ou penas de animais, mofo e pólen. Muitos pacientes de asma alérgica, chamada de asma atópica ou extrínseca, sofrem também de febre do feno, que é uma forma de rinite sazonal causada por alergia ao pólen. Seus sintomas são ataques intensos de espirros, inflamação da mucosa nasal e olhos, e respiração difícil.
É uma doença pulmonar que se caracteriza pela diminuição de calibre (constrição) dos bronquíolos. A asma pode ter diversas causas, sendo a alérgica a mais comum. Tendo também forte desencadeamento da crise de asma.
A crise asmática ocorre quando a musculatura lisa dos bronquíolos se contrai espasmodicamente. A mucosa que reveste internamente os bronquíolos incha e passa a produzir mais secreção, o que contribui para diminuir o calibre dos condutos respiratórios. A dificuldade respiratória prejudica a oxigenação do sangue e, em casos muito graves, pode ocorrer cianoses (coloração azulada da pele e das mucosas), provocada pelo acúmulo de gás carbônico no sangue.

Tratamento:

Existem dois tipos de tratamento: O patológico (doenças) e o funcional (equilíbrio do modo de respirar). Apenas a eliminação das doenças não produz saúde ao organismo, os dois tratamentos são fundamentais, mas somente a correção do padrão respiratório consegue a cura real.

A OTORRINOLARINGOLOGIA, que trata das obstruções e as doenças da respiração (citadas acima) e o ORTOPEDISTA FUNCIONAL, que trata do equilíbrio funcional da respiração, produzindo o fechamento bucal para que a respiração seja realizada pelo nariz, caso a boca continue aberta as doenças retornarão.
No conceito funcional a ortodontia não é um tratamento ideal por trabalhar separadamente dentes e arcada, com aparelhos que são colocados dentro do organismo (boca) causando desequilíbrios funcionais interferindo no crescimento e desenvolvimento de ossos, músculos e as funções. (Bernard Bricot - Posturologia). O ideal é produzir o equilíbrio funcional (tratar o todo) e no tempo do tratamento, a criança está crescendo com os desequilíbrios em alinhamento com as estruturas do corpo.
O tratamento das partes não proporciona cura, tendendo a levar desequilíbrios às regiões mais distantes.   
A preocupação imediata no tratamento é proporcionar este Equilíbrio Funcional onde o organismo passa a ser seu próprio maestro, harmonizando todas as partes ao mesmo tempo. Em poucos meses de tratamento o Equilíbrio já pode acontecer e, com isso, o corpo tende a se ajustar naturalmente. Os dentes passam a se posicionar normalmente, os ossos terão seus crescimentos dirigidos, os músculos ficarão adequados, e, principalmente, a Função Respiratória passa a ser correta, tendendo a não ter mais as doenças citadas.
A postura corporal tende a melhorar no respirador bucal, que se posiciona com anteriorização de cabeça, hiper-cifose, anteriorização do quadril e joelhos recurvados.

Prevenção e cuidados básicos: O que fazer?

üOs ambientes da criança devem estar sempre limpos e arejados. A fumaça de cigarro, o pó e a umidade pioram os problemas respiratórios.
ü  Pessoas com tosse e resfriados devem ficar longe dos bebês. Não cuspir nem espirrar perto da criança.
ü  A ingestão freqüente de líquidos (água, chás, sucos, etc.) é muito importante para melhorar alguns sintomas. Os líquidos aliviam a secura da garganta, tornam o catarro menos espesso, desentopem o nariz e facilitam a expectoração. Tudo isso ajuda a aliviar a tosse.
ü  Oferecer sucos ricos em vitamina C: abacaxi, mamão, melão, manga, laranja, lima, caju, cajá, maracujá, etc. Adoce-o com mel.
ü  O vapor d’água facilita a dissolução do catarro, desentope o nariz e  facilita a respiração. É muito simples fazer a vaporização. Podem ser usados: uma tigela com água quente, o vapor do chuveiro, inalador ou vaporizador. Os pais devem ficar junto com a criança, ensinando-a a respirar pelo nariz. Essências não devem ser usadas durante a vaporização, exceto com indicação médica. Se você tiver o nebulizador, faça aerossol 3 vezes ao dia com soro fisiológico (veja receita abaixo).
ü  As soluções salinas são ideais para lavar e desentupir o nariz e diminuir o catarro. E podem ser preparadas em casa, nas seguintes proporções: um copo de água tratada com uma colher de chá rasa de sal. Recomenda-se  ½ conta-gotas em cada narina. Usá-la morna.
ü  A tosse é um mecanismo protetor. Ela é para por para fora o catarro. Não dê xaropes que “cortem” a tosse. Quando a criança estiver com tosse, ofereça a ela xaropes e chás caseiros, que aliviam a sensação de irritação da garganta. O xarope feito com partes iguais de mel e suco de limão pode ser oferecido a crianças com mais de 1 ano. O chá pode ser de guaco ou poejo.
ü  Se febre, dar banho morno e aplique compressa úmida na testa, nuca e virilhas. Se febre acima de 37,8 oC, dar paracetamol (Termo-Ped ® ou Tylenol ®), uma gota por quilo de peso até de 6/6 horas.
ü  Se diminuir o apetite, ofereça alimentos em quantidades menores e mais vezes. Não insista para que ela se alimente.
ü  Deitar a criança com a cabeça e os ombros mais altos que o corpo.
ü  Vacinar corretamente a criança.
ü  Quando surgirem sinais preocupantes (ouvido purgando, febre persistente, canseira, palidez, lábios arroxeados, desânimo ou dificuldade de respiração por vários dias), procure atendimento e orientação médica.

DICAS:
¨       Tomar muita água, chás e sucos.
¨       Manter o nariz da criança sempre livre de secreções, pingando uma solução salina.
¨       Cuidado para evitar queimaduras durante a vaporização.
¨       Evitar fumar dentro de casa.
¨       Manter a casa limpa e arejada.

Obs.: Nunca se auto-medicar, pois qualquer alergia medicamentosa pode ser fatal!
Se não estiver bem, vá ao médico e não compre medicação sem receita médica!



Os benefícios da caminhada diária

Você conhece algum exercício mais fácil de praticar do que a caminhada? Ela não exige habilidade, é barata, pode ser feito praticamente a qualquer hora do dia, não tem restrição de idade e ainda pode ser feita dentro de casa se a pessoa tiver uma esteira. "Para uma pessoa que não pratica nenhum tipo de esporte, uma caminhada de 10 minutos por dia já provoca efeitos perceptíveis ao corpo, depois de apenas uma semana, explica o fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp. Além da melhora do condicionamento físico, as vantagens de caminhar para a saúde do corpo e da mente são muitas, e comprovadas pela ciência.

1.Melhora a circulação

Um estudo feito pela USP, de Ribeirão Preto, provou que caminhar durante aproximadamente 40 minutos é capaz de reduzir a pressão arterial durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão.
Além disso, a caminhada faz com que a as válvulas do coração trabalhem mais, melhorando a circulação de hemoglobina a e oxigenação do corpo. "Com o maior bombeamento de sangue para o pulmão, o sangue fica mais rico em oxigênio. Somado a isso, a caminhada também faz as artérias, veias e vasos capilares se dilatarem, tornando o transporte de oxigênio mais eficiente às partes periféricas do organismo, como braços e pernas", explica o fisiologista Paulo Correia. 

2.Deixa o pulmão mais eficiente

O pulmão também é bastante beneficiado quando caminhamos. De acordo com Paulo Correia, as trocas gasosas que ocorrem nesse órgão passam a ser mais poderosas quando caminhamos com frequência. Isso faz com que uma quantidade maior de impurezas saia do pulmão, deixando-o mais livre de catarros e poeiras. "A prática da caminhada, se aconselhada por um médico, pode ajudar também a dilatar os brônquios e prevenir algumas inflamações nas vias aéreas, como bronquite. Em alguns casos mais simples, ela tem o mesmo efeito de um xarope bronco dilatador", explica. 

3. Combate a osteoporose

O impacto dos pés com o chão tem efeito benéfico aos ossos. A compressão dos ossos da perna, e a movimentação de todo o esqueleto durante uma caminhada faz com que haja uma maior quantidade estímulos elétricos em nossos ossos, chamados de piezelétrico. Esse estímulo facilita a absorção de cálcio, deixando os ossos mais resistentes e menos propensos a sofrerem com a osteoporose. "Na fase inicial da perda de massa óssea, a caminhada é uma boa maneira de fortalecer os ossos. Mesmo assim, quando o quadro já é de osteoporose, andar frequentemente pode diminuir o avanço da doença", diz o fisiologista da Unifesp.

4. Afasta a depressão

Durante a caminhada, nosso corpo libera uma quantidade maior de endorfina, hormônio produzido pela hipófise, responsável pela sensação de alegria e relaxamento. Quando uma pessoa começa a praticar exercícios, ela automaticamente produz endorfina.
Depois de um tempo, é preciso praticar ainda mais exercícios para sentir o efeito benéfico do hormônio. "Começar a caminhar é o inicio de um círculo vicioso. Quando mais você caminha, mais endorfina seu organismo produz, o que te dá mais ânimo. Esse relaxamento também faz com que você esteja preparado para passar cada vez mais tempo caminhando", explica Paulo Correia. 

5. Aumenta a sensação de bem-estar

Uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins, pode melhorar significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para o humor e a autoestima, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Essex, no Reino Unido.
Comparando dados de 1,2 mil pessoas de diferentes idades, gêneros e status de saúde mental, os pesquisadores descobriram que aqueles que se envolviam em caminhadas ao ar livre e também, ciclismo, jardinagem, pesca, canoagem, equitação e agricultura, apresentavam efeitos positivos em relação ao humor e à autoestima, mesmo que essas atividades fossem praticadas por apenas alguns minutos diários.  

6. Deixa o cérebro mais saudável

Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento. Entretanto, um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostra que esse efeito antienvelhecimento do exercício pode ser possível também em relação ao cérebro, ao aumentar seus circuitos e reduzir os riscos de problemas de memória e de atenção. "Os estímulos que recebemos quando caminhamos aumento a nossa coordenação e fazem com que nosso cérebro seja capaz de responder a cada vez mais estímulos, sejam eles visuais, táteis, sonoros e olfativos", comenta Paulo Correia. 
Outro estudo feito pela Universidade de Pittsburgh, afirma que as pessoas que caminham em média 10 quilômetros por semana apresentam metade dos riscos de ter uma diminuição no volume cerebral. Isso pode ser um fator decisivo na prevenção de vários tipos de demência, inclusive a doença de Alzheimer, que mata lentamente as células cerebrais. 

7. Diminui a sonolência

A caminhada durante o dia faz com que o nosso corpo tenha um pico na produção de substâncias estimulantes, como a adrenalina. Essa substância deixa o corpo mais disposto durante as horas subsequentes ao exercício. Somado a isso, a caminhada melhora a qualidade do sono de noite. "Como o corpo inteiro passa a gastar energia durante uma caminhada, o nosso organismo adormece mais rapidamente no final do dia. Por isso, poucas pessoas que caminham frequentemente têm insônia e, consequentemente, não tem sonolência no dia seguinte", completa o especialista da Unifesp. 

8. Mantém o peso em equilíbrio e emagrece

Esse talvez seja o benefício mais famoso da caminhada. "É claro que caminhar emagrece. Se você está acostumado a gastar uma determinada quantidade de energia e começa a caminhar, o seu corpo passa a ter uma maior demanda calórica que causa uma queima de gorduras localizadas", afirma Paulo Correia. 
E o papel da caminhada na perda de peso não para por aí. Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que, mesmo horas depois do exercício, a pessoa continua a emagrecer devido à aceleração do metabolismo causada pelo aumento na circulação, respiração e atividade muscular. 
A conclusão foi de que os músculos dos atletas convertem constantemente mais energia em calor do que os de indivíduos sedentários. Isso ocorre porque quem faz um treinamento intensivo de resistência, como é o caso da caminhada, tem um metabolismo mais acelerado. 

9. Controla a vontade de comer

Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que fazer caminhadas pode conter o vício pelo chocolate. Durante o estudo, foram avaliadas 25 pessoas que consumiam uma quantidade de pelo menos 100 gramas por dia de chocolate. Os chocólatras tiveram que renunciar ao consumo do doce e foram divididos em dois grupos, sendo que um deles faria uma caminhada diária. 
Os pesquisadores perceberam que não comer o chocolate, juntamente com o estresse provocado pelo dia a dia, aumentava a vontade de consumir o doce. Mas, uma caminhada de 15 minutos em uma esteira proporciona uma redução significativa da vontade pela guloseima. "Além de ocupar o tempo com outra coisa que não seja a comida, a caminhada libera hormônios, como a endorfina, que relaxam e combatem o estresse, efeito que muitas pessoas buscam compulsivamente na comida", afirma Paulo Correia.  

10. Protege contra derrames e infartos

Quem anda mantém a saúde protegida das doenças cardiovasculares. Por ajudar a controlar a pressão sanguínea, caminhar é um fator de proteção contra derrames e infarto. "Os vasos ficam mais elásticos e mais propícios a se dilatarem quando há alguma obstrução. Isso impede que as artérias parem de transportar sangue ou entupam", diz Paulo.
A caminhada também regula os níveis de colesterol no corpo. Ela age tanto na diminuição na produção de gorduras ruins ao organismo, que têm mais facilidade de se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e por isso causar derrames e infartos, como no aumento na produção de HDL, mais conhecido como colesterol bom. 

11. Diabetes

A insulina, substância que é responsável pela absorção de glicose pelas células do corpo, é produzida em maior quantidade durante a prática da caminhada, já que a atividade do pâncreas e do fígado são estimuladas durante a caminhada devido à maior circulação de sangue em todos os órgãos.
Outro ponto importante é que o treinamento aeróbico intenso produzido pela caminhada é capaz de reverter a resistência à insulina, um fator importante para o desenvolvimento de diabetes. Assim fica comprovado que os exercícios têm ainda mais benefícios contra o mal do que se pensava anteriormente. "Quanto maior a quantidade de insulina no sangue, maior a capacidade das células absorverem a glicose. Quando esse açúcar está circulando livremente no sangue, pode causar diabetes", explica o fisiologista da Unifesp. 


Espero que tenham gostado da matéria!
Confira os próximos assuntos relacionado á este post: Diabetes e Alzheimer. Saiba o que são, como prevenir e como combater!
Bjinhus!

Diabetes Mellitus

De acordo com o Dr. Drauzio Varella - Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).
Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um conjunto de doenças com uma característica em comum: aumento da concentração de glicose no sangue provocado por duas diferentes situações:
a) Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina;
b) Diabetes tipo II – as células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade;
c) Diabetes gestacional – ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe;
d) Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos, etc.

Sintomas
  • Poliúria – a pessoa urina demais e, como isso a desidrata, sente muita sede (polidpsia);
  • Aumento do apetite;
  • Alterações visuais;
  • Impotência sexual;
  • Infecções fúngicas na pele e nas unhas;
  • Feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar;
  • Neuropatias diabéticas provocada pelo comprometimento das terminações nervosas;
  • Distúrbios cardíacos e renais.

Fatores de risco
  • Obesidade (inclusive a obesidade infantil);
  • Hereditariedade;
  • Falta de atividade física regular;
  • Hipertensão;
  • Níveis altos de colesterol e triglicérides;
  • Medicamentos, como os à base de cortisona;
  • Idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo II);
  • Estresse emocional.

Recomendações
  • O tratamento do diabetes exige, além do acompanhamento médico especializado, os cuidados de uma equipe multidisciplinar. Procure seguir as orientações desses profissionais;
  • A dieta alimentar deve ser observada criteriosamente. Procure ajuda para elaborar o cardápio adequado para seu caso. Não é necessário que você se prive por toda a vida dos alimentos de que mais gosta. Uma vez ou outra, você poderá saboreá-los desde que o faça com parcimônia;
  • Um programa regular de exercícios físicos irá ajudá-lo a controlar o nível de açúcar no sangue. Coloque-os como prioridade em sua rotina de vida;
  • O fumo provoca estreitamento das artérias e veias. Como o diabetes compromete a circulação nos pequenos vasos sangüíneos (retina e rins) e nos grandes vasos (coração e cérebro), fumar pode acelerar o processo e o aparecimento de complicações;
  • O controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol e triglicérides deve ser feito com regularidade;
  • Medicamentos à base de cortisona aumentam os níveis de glicose no sangue. Não se automedique;
  • O diagnóstico precoce é o primeiro passo para o sucesso do tratamento. Não minimize seus sintomas. Procure logo um serviço de saúde se está urinando demais e sentindo muita sede e muita fome.

Tratamento
O diabetes não pode ser dissociado de outras doenças glandulares. Além da obesidade, outros distúrbios metabólicos (excesso de cortisona, do hormônio do crescimento ou maior produção de adrenalina pelas supra-renais) podem estar associados ao diabetes.
O tipo I é também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco.
O tipo II não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos ministrados por via oral. A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma complicação grave que pode ser fatal.
Dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. A orientação de uma nutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras podem ajudar muito a reduzir o peso e, como conseqüência, cria a possibilidade de usar doses menores de remédios.
Atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos de diabetes.

Aprenda como evitar o Mal de Alzheimer

O Mal de Alzheimer, Doença de Alzheimer (DA) ou simplesmente Alzheimer é uma doença degenerativa atualmente incurável mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família. Foi descrita, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. É a principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos no Brasil e em Portugal, sendo cerca de duas vezes mais comum que a demência vascular, sendo que em 15% dos casos ocorrem simultaneamente. Atinge 1% dos idosos entre 65 e 70 anos mas sua prevalência aumenta exponencialmente com os anos sendo de 6% aos 70, 30% aos 80 anos e mais de 60% depois dos 90 anos.

Sintomas

Cada paciente de Alzheimer sofre a doença de forma única, mas existem pontos em comum, por exemplo, o sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de estresse. Quando a suspeita recai sobre o Mal de Alzheimer, o paciente é submetido a uma série de testes cognitivos e radiológicos. Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas como confusão mental, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade. Antes de se tornar totalmente aparente o Mal de Alzheimer vai-se desenvolvendo por um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticado e assintomático durante anos.
A evolução da doença está dividida em quatro fases.

Primeira fase dos sintomas

Os primeiros sintomas são muitas vezes falsamente relacionados com o envelhecimento natural ou com o estresse. Alguns testes neuropsicológicos podem revelar muitas deficiências cognitivas até oito anos antes de se poder diagnosticar o Mal de Alzheimer por inteiro. O sintoma primário mais notável é a perda de memória de curto prazo (dificuldade em lembrar factos aprendidos recentemente); o paciente perde a capacidade de dar atenção a algo, perde a flexibilidade no pensamento e o pensamento abstrato; pode começar a perder a sua memória semântica. Nessa fase pode ainda ser notada apatia, como um sintoma bastante comum. É também notada uma certa desorientação de tempo e espaço. A pessoa não sabe onde está nem em que ano está, em que mês ou que dia. Quanto mais cedo os sintomas forem percebidos mais eficaz é o tratamento e melhor o prognóstico.

Segunda fase (demência inicial)

Com o passar dos anos, conforme os neurônios morrem e a quantidade de neurotransmissores diminuem, aumenta a dificuldade em reconhecer e identificar objectos (agnosia) e na execução de movimentos (apraxia).
A memória do paciente não é afetada toda da mesma maneira. As memórias mais antigas, a memória semântica e a memória implícita (memória de como fazer as coisas) não são tão afectadas como a memória a curto prazo. Os problemas de linguagem implicam normalmente a diminuição do vocabulário e a maior dificuldade na fala, que levam a um empobrecimento geral da linguagem. Nessa fase, o paciente ainda consegue comunicar ideias básicas. O paciente pode parecer desleixado ao efetuar certas tarefas motoras simples (escrever, vestir-se, etc.), devido a dificuldades de coordenação.

Terceira fase

A degeneração progressiva dificulta a independência. A dificuldade na fala torna-se evidente devido à impossibilidade de se lembrar de vocabulário. Progressivamente, o paciente vai perdendo a capacidade de ler e de escrever e deixa de conseguir fazer as mais simples tarefas diárias. Durante essa fase, os problemas de memória pioram e o paciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos. A memória de longo prazo vai-se perdendo e alterações de comportamento vão-se agravando. As manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência à caridade. Aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvem ilusões e outros sintomas relacionados. Incontinência urinária pode aparecer.

Quarta fase (terminal)

Durante a última fase do Mal de Alzheimer, o paciente está completamente dependente das pessoas que tomam conta dele. A linguagem está agora reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, acabando, eventualmente, em perda da fala. Apesar da perda da linguagem verbal, os pacientes podem compreender e responder com sinais emocionais. No entanto, a agressividade ainda pode estar presente, e a apatia extrema e o cansaço são resultados bastante comuns. Os pacientes vão acabar por não conseguir desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda. A sua massa muscular e a sua mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama; perdem a capacidade de comer sozinhos. Por fim, vem a morte, que normalmente não é causada pelo Mal de Alzheimer, mas por outro fator externo (pneumonia, por exemplo).

Como acontece?

Segundo pesquisas recentes, o Alzheimer começa no tronco cerebral, mais especificamente numa área denominada núcleo dorsal da rafe, e não no córtex, que é o centro do processamento de informações e armazenamento da memória.
Caracteriza-se clinicamente pela perda progressiva da memória. O cérebro de um paciente com a doença de Alzheimer, quando visto em necrópsia, apresenta uma atrofia generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo, mas também em regiões parieto-occipitais e frontais. O quadro de sinais e sintomas dessa doença está associado à redução de neurotransmissores cerebrais, como acetilcolina, noradrenalina e serotonina. O tratamento para o mal de Alzheimer é sintomático e consiste justamente na tentativa de restauração da função colinérgica, noradrenérgica e serotoninérgica.
A perda de memória causa a estes pacientes um grande desconforto em sua fase inicial e intermediária. Já na fase adiantada não apresentam mais condições de perceber-se doentes, por falha da autocrítica. Não se trata de uma simples falha na memória, mas sim de uma progressiva incapacidade para o trabalho e convívio social, devido a dificuldades para reconhecer pessoas próximas e objetos. Mudanças de domicílio são mal recebidas, pois tornam os sintomas mais agudos. Um paciente com doença de Alzheimer pergunta a mesma coisa centenas de vezes, mostrando sua incapacidade de fixar algo novo. Palavras são esquecidas, frases são trocadas, muitas permanecendo sem finalização.

Evolução

A evolução da piora é em torno de 5 a 15% da cognição (consciência de si próprio e dos outros) por ano de doença, com um período em média de oito anos de seu início e seu último estágio. Com a progressão da doença passa a não reconhecer mais os familiares ou até mesmo a não realizar tarefas simples de higiene e vestir roupas. No estágio final necessita de ajuda para tudo. Os sintomas depressivos são comuns, com instabilidade emocional e choros. Delírios e outros sintomas de psicose são frequentes, embora difíceis de avaliar nas fases finais da doença, devido à total perda de noção de lugar e de tempo e da deterioração geral. Em geral a doença instala-se em pessoas com mais de 65 anos, mas existem pacientes com início aos quarenta anos, e relatos raros de início na infância, de provável cunho genético. Podem aparecer vários casos numa mesma família, e também pode acontecer casos únicos, sem nenhum outro parente afetado, ditos esporádicos.

Como prevenir?

Todos os estudos de medidas para prevenir ou atrasar os efeitos do Alzheimer são frequentemente infrutíferos. Hoje em dia, não parecem existir provas para acreditar que qualquer medida de prevenção é definitivamente bem sucedida contra o Alzheimer. No entanto, estudos indicam relações entre factores alteráveis como dietas, risco cardiovascular, uso de produtos farmacêuticos ou atividades intelectuais e a probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer da população. Mas só mais pesquisa, incluídos testes clínicos, revelarão se, de facto, esses factores podem ajudar a prevenir o Alzheimer.
A inclusão de fruta e vegetais, pão, trigo e outros cereais, azeite, peixe, e vinho tinto, podem reduzir o risco de Alzheimer. Algumas vitaminas como a B12, B3, C ou a B9 foram relacionadas em estudos ao menor risco de Alzheimer, embora outros estudos indiquem que essas não têm nenhum efeito significativo no início ou desenvolvimento da doença e podem ter efeitos secundários. Algumas especiarias como a curcumina e o açafrão mostraram sucesso na prevenção da degeneração cerebral em ratos de laboratório.
O risco cardiovascular, derivado de colesterol alto, hipertensão, diabetes e o tabaco, está associado com maior risco de desenvolvimento da doença, e as estatinas (fármacos para fazer descer o colesterol) não tiveram sucesso em prevenir ou melhorar as condições do paciente durante o desenvolvimento da doença. No entanto, o uso a longo prazo de anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) está também associado à menor probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer em alguns indivíduos. Já não se acredita que outros tratamentos farmacêuticos, como substituição de hormonas femininas, previnam a doença. Em 2007, estudo aprofundado concluiu que havia provas inconsistentes e pouco convincentes de que o ginkgo tenha algum efeito positivo em reduzir a probabilidade de ocorrência do Mal de Alzheimer.
Atividades intelectuais como ler, escrever com a mão esquerda, disputar jogos de tabuleiro (xadrez, damas, etc.), completar palavras cruzadas, tocar instrumentos musicais, ou socialização regular também podem atrasar o início ou a gravidade do Alzheimer. Outros estudos mostraram que muita exposição a campos magnéticos e trabalho com metais, especialmente alumínio, aumenta o risco de Alzheimer. A credibilidade de alguns desses estudos tem sido posta em causa até porque outros estudos não encontraram a mínima relação entre as questões ambientais e o desenvolvimento de Alzheimer.
Atitudes simples do dia a dia podem reduzir as chances de desenvolver a doença. Uma delas é reduzir ao máximo o contato de alimentos com o alumínio. Ele está presente em panelas que armazenam as sobras do almoço para o jantar, ou vice-versa. Ao ficarem na geladeira, por exemplo, aos poucos a panela solta pequenas partículas de alúminio que contaminam o alimento, dê preferência por armazenar as sobras em recipientes de plástico, e volte para a panela somente quando for aquecer. Evite também o uso excessivo de papel alumínio para embrulhar os alimentos, sobretudo em lanche para as crianças. Dê preferência por potes de plástico, que além de conservar melhor o alimento sem amassá-lo, evita o gasto com o papel e ajuda a natureza na hora de reciclar, reduzindo o lixo produzido.
Muitas vezes não é possível discernir todas as fases da doença. Pois um paciente que ainda está na primeira fase já pode apresentar dificuldades de locomoção por exemplo, e outro paciente que já se encontra em fase terminal ainda fala com fluencia (embora sejam frases sem sentido nenhum e até mesmo xingamentos).
Em 2009, cientistas do Reino Unido e França anunciaram a descoberta de três genes [clusterina (ou CLU), PICALM e CR1] que poderiam reduzir em até 20% seus índices de incidência na população.

Gravidez: A convivência com animais é perigosa?

Existem diversos tabús sobre o assunto, mas é importante intender que muitos tabús são mentiras ou até mesmo meias-verdades.
Conviver com animais é importante, tanto para a mãe quanto para o bebê, estudos recentes mostram que ter um animal em casa durante a gravidez dá certa imunidade á mãe-bebê para as doenças que eles oferecem ao ser humano. Portanto, é importante manter o local onde exista esta convivência limpo, principalmente o próprio anima. Então, veja essas dicas e continue com essa convivência importante.

Realmente, a grande vilã da gravidez e os animais ainda é a toxoplasmose. Mas, não custa recordar; segundo o Dr. Luiz Carlos Garcia, a toxoplasmose pode ser uma doença grave em pessoas que não tenham uma resistência natural a ela, principalmente em gestantes, pois, pode levar à contaminação do feto, podendo até causar aborto, má formação e morte fetal. Portanto, uma mulher gestante deve sempre tomar os devidos cuidados para evitar o contagio com essa doença.
Mas quem possui animais de estimação em casa, inclusive gatos, pode ficar sossegado, pois eles não são uma importante fonte de transmissão dessa doença. O contagio da doença pelo contato direto, como tocar e acariciar o animal, é improvável, assim como por meio de mordidas ou arranhões.
Na verdade, as principais vias de contaminação são pela ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes ou a ingestão de carne crua ou mal cozida, contento cistos do parasita.

Em relação a cães, a vacina deve sempre estar em dia e a vermifugação também, tanto no período de gestação quanto na chegada do bebê.

Os cães podem se sentir enciumados com a chegada do bebê, então é importante que o animal conheça aquele ambiente novo (quarto do bebê) e seja apresentado ao "novo filhote".
Detalhes importantes:
  • Cães são animais sociais, que foram feitos para viverem em grupos. Para os cães, os bebês nada mais são do que “filhotes humanos”.  E os filhotes da matilha são sempre acolhidos e protegidos.
  • O bebê quando chega em casa fica dormindo 95% do tempo. Portanto fica em seu quarto, não afetando diretamente a rotina da casa.  Ele quase “não aparece”. Conforme este bebê for crescendo, sua participação na rotina doméstica vai aumentando gradativamente, o que fará com que o cão se acostume facilmente à presença do novo filhote.
    Dá pra ver que não é nenhum bicho de 7 cabeças!  A relação vai se estabelecendo lentamente, gradativamente, mas é fundamental que saibamos avaliar muito bem que tipo de cão temos em casa: 
  • Seu cão foi educado e é super sociável: não há o que temer.  Ele e o bebê vão se adaptar muito bem.
  • Seu cão é super sociável, mas muito estabanado:Convém deixá-lo há uma certa distância do bebê, ou mesmo deixá-los em contato com algum tipo de barreira entre eles (exemplo uma grade).  O problema aqui não é agressividade!  O problema é que cães estabanados podem muitas vezes ter uma brincadeira bastante bruta para um bebê, ou mesmo uma criança maior.  Se não protegemos a criança de um “carinho mais animado”, a criança pode ficar com medo do cão. Ou seja:  Exige supervisão!
  • Seu cão é educado, sociável, mas nunca teve muito contato com bebês ou crianças:
    tudo é uma questão de fazê-lo começar a ter contato com crianças gradativamente. Comece levando a praças onde tenham muitas crianças.  Nos primeiros dias passeie com ele longe das crianças. Conforme os dias forem passando vá levando ele para passear mais perto das crianças. O objetivo é que ele fique tranqüilo no meio delas. Se você achar que mesmo depois deste treinamento, seu cão fica bem perto delas, mas não gosta de seus assédios, opte pela solução dada no item anterior: manter uma barreira entre eles. Desta forma eles aprenderão a se respeitar.
  • Seu cão costuma ter um comportamento hostil a tudo e todos que ele não conhece: então você pode ter um problema de fato.   Este tipo de cão tem muito mais dificuldade de se adaptar a novas situações, e você terá que ficar muito atento.
Ao contrário do que muitos leigos pensam, os animais são muito importantes para fortalecer o sistema imunológico dos bebês.
As pessoas que tentam proteger demais seus filhos de substâncias que podem causar alergia, são as que no futuro mais sofrem com os filhos alérgicos. Afinal, é na fase de bebê que ele cria anticorpos com mais facilidade e se torna imune aos alérginos (substâncias causadoras de alergias).Portanto, não confie em leigos que dizem que o bebê não pode ficar perto dos animais, isso só vai aumentar a chance dele ter uma alergia no futuro. Fora esse assunto alergias e doenças, vem o que eu considero mais importante: A formação do caráter da criança. Acho que a criança que convive com animais desde cedo aprende a respeitar outros seres, a amar, e isso influi em toda a vida da criança. Facilita suas relações com outras crianças e ensina cuidado, afeto, e muitas vezes a lidar com morte

Mamães, não abandonem seus animais! Dê a chance dos seus filhos descobrirem desde cedo como é bom ter um bichinho!


Você sofre de doença do sono? Saiba quais são e como tratar

Dormir é importante para repôr as energias que foram gastas durante o dia. É importante porque o corpo relaxa, mas continua funcionando não com a mesma intensidade de quando se está acordado. Por isso é muito bom ter uma boa noite de sono.
Estudos comprovam que em várias fazes da vida, existe um tempo para dormir. Por expemplo: O bebê fica acordade durante 8hs não contínuas, ele dorme o dia inteiro, mas aos poucos. A criança na faze escolar dorme á noite e madrugada e também dorme poucas horas á tarde. O adulto deve dormir no máximo 9hs por noite e o idoso dorme o mesmo que uma criança na faze escolar.
Mas, infelizmente algumas pessoas possuem distúrbios do sono e não conseguem dormir nem mesmo o menor tempo possível e vivem cansados, porém não conseguem fechar os olhos. Por isso vou explicar quais são essas doenças, sinais e sintomas, como prevenir, tratamento e os cuidados que é preciso para dormir bem.

Ronco:

Quais as causas do Ronco?

O Ronco ocorre devido a obstrução parcial das vias respiratórias superiores à passagem de ar durante o sono. Ao dormir ocorre uma diminuição do tônus muscular da faringe ocorrendo estreitamento dessa região. Vários fatores podem dificultar ainda mais essa passagem do ar contribuindo com o surgimento do ronco:
- Obesidade: este é o mais frequente fator de risco envolvido. O aumento do tecido adiposo no pescoço reduz o calibre da via aérea predispondo a obstrução durante o sono.
- Idade: com o envelhecimento ocorre diminuição progressiva do tônus e elasticidade dos tecidos da garganta favorecendo a obstrução das vias aéreas.
- Obstrução nasal devida, a aumento do volume de secreções e produção de muco, a desvio de septo nasal, rinites, sinusites, pólipos nasais; à hiperplasia das amígdalas e adenoides.
- Retrognatismo, hipoplasia de mandíbula e maxila, macroglossia (aumento da língua), e outras alterações nos ossos da face entre outros.

O Ronco traz prejuízos à saúde?

O ronco pode ser o sinal de uma doença que tem graves consequências ao organismo - a Síndrome de Apnéia do Sono. Apnéia quer dizer parada respiratória, e o termo Apnéia do Sono se refere à um transtorno no qual o indivíduo apresenta sucessivas paradas respiratórias de curta duração (geralmente entre 10 e 60 segundos) durante o sono.
Esta síndrome pode trazer graves consequências ao coração e vasos sanguíneos aumentando a incidência de infarto do miocárdio, AVC ("derrame"), hipertensão arterial, arritmias e insuficiência cardíaca.
Além disso traz prejuízos à qualidade do sono levando à sintomas de sonolência diurna, déficit de memória e aprendizado, impotência sexual, cefaléia, acidentes de trânsito e de trabalho, entre muitos outros.

E o Ronco SEM Apnéia do Sono traz consequências à saúde?

O ronco pode trazer a insônia do cônjuge e sérios problemas de relacionamento. Mas não é só isso! Novas pesquisas têm demonstrado que o ronco alto pode levar a maior formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos do pescoço aumentando a chance de ocorrer isquemias cerebrais. Outros estudos mostraram risco aumentado do desenvolvimento de diabetes, mesmo sem a presença de apnéia do sono.

Quando procurar auxílio médico?

O Ronco leve (ressonar) e eventual como em determinadas situações (apenas após uso de bebidas alcoólicas ou tranquilizantes, por exemplo) não deve ser considerado um problema médico. Entretanto indivíduos que apresentam ronco alto e/ou frequente devem procurar a avaliação de um médico especialista em medicina do sono para avaliar a presença de Apnéia do Sono associada (principalmente se possuírem mais de 40 anos de idade ou outras doenças como obesidade, hipertensão, diabetes, doenca coronariana, etc).

Apnéia do Sono

O que é apnéia do sono? 

Apnéia significa "parada da respiração". Apnéia do sono é o distúrbio no qual o indivíduo sofre breves e repetidas interrupções da respiração (apnéias) enquanto dorme. As apnéias são causadas por obstruções transitórias da passagem do ar pela garganta de pelo menos 10 segundos de duração. Quando ocorrem apnéias com frequência maior que 5x/hora no sono dizemos que o indivíduo é portador de apnéia do sono.
Estima-se que cerca de 4% das mulheres e 9% dos homens adultos sofram de apnéia do sono, sendo que sua prevalência é maior entre os obesos e maiores de 35 anos.
Curiosamente, apesar de possuir alta prevalência na população, apenas recentemente a medicina reconheceu, através de estudos científicos, os riscos trazidos por esta doença e a importância do seu diagnóstico. Deste modo, sabe-se que cerca de 90% dos indivíduos que possuem apnéia do sono ainda não possuem o diagnóstico ou sequer foram alertados pelo seu médico para a possibilidade de sofrerem desta doença.

O que provoca a apnéia do sono?

  • Aumento do peso (causa mais comum nos adultos): o excesso de tecido mole na garganta dificulta mantê-la aberta.
  • Os músculos da garganta e língua relaxam mais do que o normal: isso tende a agravar-se com a idade.
  • Alterações do formato da cabeça e pescoço pode resultar em menor espaço para passagem de ar na boca e garganta.
  • Amígdalas e adenóides grandes são causa comum de apnéia do sono na criança.

Quais as consequências da apnéia do sono?

Cada vez que ocorre uma apnéia ocorre uma diminuição rápida da oxigenação sanguínea. A fim de evitar a morte por asfixia, o organismo envia um “sinal” ao cérebro despertando-o por tempo suficiente para conseguir desobstruir a garganta. Ou seja, ocorre um microdespertar que o indivíduo não percebe e nem lembra no dia seguinte. Esse fenômeno pode repetir-se até 1000 vezes em cada noite de sono nos casos mais graves. Após cada microdespertar ocorre também uma descarga aguda de hormônios do estresse como adrenalina e outros que, aliada a queda da oxigenação sanguínea, pode desencadear arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVC) durante o sono. Além disso, a apnéia do sono não tratada, a longo prazo, ocasiona ou agrava várias doenças como diabetes, obesidade, hipertensão, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, AVCs, entre outras.
Devido ao grande número de microdespertares pelas apnéias repetidas, o sono torna-se fragmentado ocorrendo diminuição do sono profundo e do sono REM nos indivíduos com apnéia do sono. O sono profundo é fundamental para a recuperação do corpo, enquanto que a fase REM (Rapid Eye Movement - fase onde ocorrem os sonhos) é importante para a consolidação do aprendizado e da memória. Assim, a apnéia do sono é uma das causas mais comuns de fadiga, sonolência e dificuldades de aprendizado e memória, entre outros sintomas.

Quais os sintomas da Apnéia do Sono? Quando suspeitar desse distúrbio?

O indivíduo com apnéia do sono raramente percebe que tem dificuldade para respirar durante o sono e por esse motivo, a doença geralmente passa despercebida ao longo de vários anos até o seu diagnóstico. Em muitos casos, a suspeita da doença ocorre por outras pessoas que observam os episódios de apnéia ou devido aos seguintes sintomas que podem ser observados:
  • Ronco alto e interrompido
  • Sono agitado
  • Engasgos noturnos
  • Sonolência excessiva durante o dia
  • Despertares frequentes
  • Levantar-se para urinar à noite
  • Pesadelos
  • Sono não reparador
  • Fadiga crônica
  • Dor de cabeça pela manhã
  • Irritabilidade
  • Apatia, Depressão
  • Dificuldade de concentração
  • Perda de memória
  • Impotência sexual

Como diagnosticar?

O diagnóstico da apnéia do sono é feito através de um exame chamado polissonografia que é realizada à noite em um laboratório de sono sob a supervisão de técnico ou enfermeiro capacitado. O paciente deve dormir com sensores fixados no corpo que permitem o registro da passagem do ar pelo nariz/boca, oxigenação sanguínea, frequência cardíaca, movimentos do tórax, posição do corpo na cama, além de outros dados. Os sensores são fixados de maneira a permitir ao paciente movimentar-se durante o exame, não atrapalhando assim o sono. Em casos selecionados o exame pode ser realizado no próprio domicílio do paciente através de aparelhos portáteis.

Qual o tratamento da apnéia do sono?

O tratamento depende da causa e da gravidade da doença. O ronco sem apnéia, bem como a apnéia do sono leve podem ter melhora significativa com medidas simples como: dormir de lado, perder peso, evitar uso de álcool ou tranquilizantes, entre outras. O uso de dispositivos orais confeccionado por dentistas que avançam a mandíbula durante o sono (placa oral) pode ser indicado em alguns casos.
O tratamento mais eficaz e mais utilizado para os casos moderados ou graves consiste no uso do aparelho chamado CPAP (do inglês, Continuous Positive Airway Pressure). O CPAP consiste em um pequeno compressor de ar muito silencioso de alta tecnologia que se conecta a uma máscara ajustada ao nariz do paciente. Esse aparelho previne a obstrução da garganta durante o sono e reestabelece o sono normal ao indivíduo. Apesar de parecer algo muito desconfortável à primeira vista, o aparelho costuma ser bem tolerado pelos pacientes após a primeira semana de uso. As indicações, contra-indicações e boa adaptação deste tratamento ao paciente tem melhores resultados quando realizado com acompanhamento de um médico e equipe de saúde especializada em distúrbios do sono.
Alguns casos podem se beneficiar de algum tipo de cirurgia aplicada ao nariz e/ou à garganta. Nestes casos, o paciente deve ser cuidadosamente avaliado por médico especialista em distúrbios do sono para indicar o tipo de cirurgia mais apropriada ou evitar uma cirurgia desnecessária.

Quando e como procurar ajuda médica?

O indivíduo que apresenta as doenças e/ou os sintomas descritos anteriormente deve questionar o seu médico sobre este problema ou procurar um médico especializado em distúrbios do sono (medicina do sono). Este poderá encaminhá-lo ao exame de polissonografia para confirmar ou descartar a suspeita de apnéia do sono, além de classificar a gravidade da doença.  Caso confirme-se a suspeita da doença, o médico especialista poderá orientar e conduzir a melhor forma de tratamento para cada caso, restaurando assim um sono de qualidade.

Insônia

O que é insônia?
Insônia é a dificuldade em iniciar e/ou manter o sono, prejudicando o bom funcionamento da mente e do corpo no dia seguinte. Estima-se que até 40% dos brasileiros sofrem ou sofreram deste mal nos últimos doze meses.
  • Dificuldade em iniciar o sono;
  • Levantar muitas vezes durante a noite com dificuldade em voltar a dormir;
  • Acordar cedo demais;
  • Sono não restaurador.
A insônia não é definida pelo tempo que uma pessoa dorme ou gasta para cair no sono. A necessidade de sono varia de indivíduo para indivíduo. A insônia geralmente causa problemas durante o dia, tais como: cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade.
Ela pode ser classificada como aguda, intermitente, e crônica. A insônia que dura desde uma noite até algumas semanas é chamada de aguda. Caso os episódios de insônia aguda ocorram de tempos em tempos, ela passa a ser intermitente. A insônia é considerada crônica se ocorre frequentemente e dura mais de um mês.

Quais as causas da insônia?

A insônia é geralmente decorrente da ação de fatores estressantes (precipitantes) em um indivíduo que apresenta fatores predisponentes.
Principais fatores predisponentes:
  • Idade avançada
  • Sexo feminino (principalmente durante e após a menopausa)
  • História de insönia em familiares
  • Depressão e outros distúrbios psiquiátricos
  • Doenças orgânicas
  • Tabagismo, etilismo, dependencia química
O tipo crônico é o mais complexo e geralmente resulta de uma combinação de fatores, incluindo os decorrentes de desordens físicas ou mentais e comumente a depressão. Outras causas incluem artrite, doença nos rins, problema no coração, asma, apnéia, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, mal de Parkinson e hipertiroidismo. Adicionalmente, os comportamentos a seguir têm mostrado perpetuar a insônia em algumas pessoas:
  • Expectativa e preocupação em ter dificuldade para dormir.
  • Preocupação excessiva com o trabalho, não sabendo esquecê-los após o fim do expediente.
  • Ingestão de quantidade excessiva de cafeína.
  • Beber álcool antes do horário de dormir.
  • Fumar cigarro antes do horário de dormir.
  • Soneca excessiva de manhã ou de tarde.
  • Horários de dormir/acordar irregulares ou continuamente alterados.
  • Ciclos irregulares de sono/despertar (por um trabalho noturno, por exemplo).

Como se dá o diagnóstico da insônia?

Pacientes com insônia devem ser adequadamente avaliados por um médico especializado em Medicina do Sono. Este poderá utilizar-se de um Diário do Sono preenchido pelo paciente ao longo de 1 a 2 semanas onde ele registrará os horários em que levanta-se, deita-se, cochila, toma café, faz exercícios, etc. Isto será de grande utilidade para a abordagem do médico. Poderá ainda ser solicitada uma Polissonografia (exame do sono) para detectar-se possíveis outras doenças do sono que estejam contribuindo para a insônia.

Como tratar a insônia?

O tratamento para a insônia pode ser simples nos casos de início recente ou intermitente. Nesses casos, a utilização criteriosa de comprimidos para dormir de curta ação pode melhorar o sono e atenção no dia seguinte.
Já o tratamento da insônia crônica é mais complicado e consiste em um tratamento multimodal:
  • Deve-se diagnosticar e tratar problemas médicos ou psicológicos que possam estar ocasionando a insônia.
  • Identificar comportamentos que podem piorar a insônia e interrompê-los ou reduzi-los.
  • Pode ser necessária a prescrição de medicamentos para dormir, dando-se preferência àquelas que não causam dependência. Em geral, são prescritos na dose mínima e no menor período de tempo necessário. Para alguns desses remédios, a dose deve ser gradualmente diminuída, uma vez que uma parada abrupta poderia ocasionar a volta da insônia.
  • Técnicas de relaxamento: podem reduzir ou eliminar a tensão corporal e ansiedade. Como resultado, a mente da pessoa é capaz de ficar quieta, os músculos podem relaxar e pode ocorrer o sono repousante. Geralmente é preciso muita prática para aprender essas técnicas e alcançar o relaxamento efetivo.
  • Técnica de Restrição de sono: Algumas pessoas sofrendo de insônia gastam muito tempo na cama tentando sem sucesso dormir. Essas pessoas podem se beneficiar de um programa de restrição de sono que primeiramente permite apenas algumas horas de sono durante a noite. Gradualmente o tempo é aumentado até que seja alcançada um noite normal de sono.
  • Recondicionamento: Outro tratamento que pode ajudar algumas pessoas com insônia é recondicioná-las para associar a cama e o horário de dormir com o sono. Para a maioria das pessoas, isso significa não usar sua cama para nenhuma outra atividade além de sexo e dormir. Como parte do processo de recondicionamento, a pessoa é geralmente aconselhada para ir para a cama somente quando estiver com sono. Se não for capaz de dormir, a pessoa é orientada a levantar e só voltar para a cama quando estiver com sono. A pessoa também deve evitar sonecas. Eventualmente, o corpo será condicionado a associar a cama e horário de dormir com o sono.
Sonolência Excessiva

A Hipersonia ou Sonolência Excessiva, é um distúrbio onde a pessoa possui dificuldade para se manter acordada durante o dia. A quantidade ideal de sono para um indivíduo é aquela que lhe permite alcançar um nível ideal de vigilância e de bem estar físico e mental no dia seguinte. A necessidade de sono é imperativa e não pode ser eliminada, mas o sono também é um comportamento passível de modificação em função das circunstâncias exteriores. Assim como se pode tomar a decisão de comer mais ou menos, pode-se definir um tempo de sono mais longo ou mais curto. O tempo de sono varia, portanto, de uma noite para a outra e não é um valor fixo. A média de sono nos adultos é de 8 horas. No entanto alguns adultos se contentam com 6 h ou menos e isso sem prejuízos para o dia seguinte. As pessoas que costumam dormir pouco representam 2,5% da população total. Por outro lado, as pessoas que costumam dormir muito (igualmente cerca de 2,5%) só se sentem bem durante o dia após dormirem 10 horas, ou às vezes mais.
A Sonolência Excessiva leva a prejuízos no desempenho escolar, profissional, afetivo e social. Causa déficits cognitivos e aumenta muito o risco para acidentes.
Apesar de Privação de sono e a síndrome da Apnéia Obstrutiva do sono serem a causa em cerca de 70% dos casos na prática clínica, a sonolência excessiva têm várias outras possíveis causas. As principais são:

1. Privação crônica de sono voluntária e involuntária
2. Síndrome da apnéia/ hipopnéia obstrutiva do sono
3. Síndrome das pernas inquietas/ movimentos periódicos dos membros
4. Medicamentos
5. Narcolepsia
6. Distúrbios do ritmo circadiano
7. Hipersonia idiopática.

 1. Privação crônica de sono (PCS)
Decorre do fato do indivíduo voluntária ou involuntariamente dormir menos horas do que necessita para se sentir restaurado no dia seguinte. Nossa sociedade é, cada vez mais, uma sociedade de 24 horas, o que exige um grande número de profissionais trabalhando dia e noite, ininterruptamente.

A luz elétrica trouxe para o nosso cotidiano o uso da televisão, trabalho noturno, estudos e compromissos sociais e como conseqüência menos horas de sono e sonolência no dia seguinte. Vivemos em uma sociedade na qual o sono tem pouco valor. Muitas vezes ele é encarado como uma perda de tempo, ou é objeto de um julgamento negativo. A PCS involuntária pode ocorrer por causas não médicas: ruídos, luz, colchão inadequado, temperatura inadequada, parceiros roncadores ou que se movimentam muito, filhos pequenos, posicionamento inadequado, má higiene do sono e por causas médicas provocando insônia, ou fragmentação do sono: depressão, ansiedade, doenças dolorosas, doenças cardíacas, pernas inquietas, transtornos respiratórios do sono, efeitos colaterais de medicamentos, Parkinson, Mania, Alzheimer, etc.
2. Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (ver item específico no site)
É definida como episódios recorrentes de obstrução, parcial (hipopnéias) ou total (apnéias), da passagem do ar pela garganta durante o sono, resultando em queda da oxigenação e má qualidade do sono. Afeta grande parcela dos indivíduos que roncam, sendo este um sinal de alarme para a existência desta doença. O diagnóstico da síndrome da Apnéia do Sono é  confirmado e classificado quanto à intensidade e gravidade pela polissonografia. Sinais e sintomas: sonolência diurna excessiva, roncos, engasgos e/ ou asfixia ou respiração difícil durante o sono, acordares noturnos recorrentes, sensação de sono não restaurador, fadiga diurna, dificuldade de concentração/ memória, cefaléias matinais, arritmias cardíacas e refluxo gastroesofágico.

3. Síndrome das pernas inquietas e Movimentos periódicos dos membros
A síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é referida como uma sensação desagradável nas pernas, acompanhada de uma vontade irresistível de movimentá-las, que piora com o repouso e melhora com a movimentação. É sentida mais freqüentemente na hora que o indivíduo se deita para dormir, provocando enorme dificuldade para o início do sono. O paciente pode voltar a sentir os sintomas quando acorda de madrugada para urinar, ou por outros motivos. Tem a prevalência de 5 a 15% da população geral. O diagnóstico é essencialmente clínico.

Os Movimentos Periódicos de Membros (MPM) atinge a 5% das pessoas acima dos 30 anos e chega a 45% dos indivíduos acima dos 60 anos de idade. A grande maioria (80%) dos pacientes com SPI apresenta MPM, não sendo o contrário verdadeiro.
Os MPM provocam sonolência diurna por fragmentarem o sono e são diagnosticados por relato do parceiro e pela polissonografia. São movimentos estereotipados dos membros com extensão do hálux (polegar do pé), flexão da perna sobre a coxa e dessa sobre o quadril. Movimentos dos membros superiores podem acompanhar esses movimentos dos membros inferiores nos casos mais graves.
Os dois transtornos podem estar associados a condições como gestação, doenças renais ou neurológicas, anemia por carência de ferro, uso de medicamentos como antidepressivos tricíclicos, neurolépticos, lítio ou retirada de benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, etc).
4. Medicamentos
A sonolência excessiva pode ser devida ao uso de drogas (maconha, álcool, etc) e inúmeras medicações como tranqüilizantes, hipnóticos, antialérgicos, anticonvulsivantes, antidepressivos, neurolépticos, etc.

5. Narcolepsia (ver item específico no site)
É uma síndrome que se caracteriza por:
a) ataques irresistíveis de sono durante o dia
b) cataplexia (perda do tônus muscular frente a emoções fortes boas ou más, localizado ou generalizado, geralmente bilateral).
c) paralisias do sono (o paciente ao acordar, não consegue se mover)
d) alucinações no início do sono ou no fim do sono.

Fatores genéticos estão envolvidos com o aparecimento da narcolepsia. A transmissão genética da narcolepsia em humanos não obedece às regras mendelianas, trata-se de uma herança complexa, multifatorial na qual fatores ambientais têm papel importante. Embora a maioria dos casos seja esporádica e não familiar, o risco de um parente de 1° grau de um paciente narcoléptico ter o mesmo distúrbio é 40 vezes maior que na população em geral. Tem a prevalência de 0.02-0.18% na população em geral considerando E.U.A, Europa e Japão, com início geralmente entre os 18 e os 25 anos de idade. Evidências indicam estar associada a uma deficiência de orexina (hipocretina). Na polissonografia é observada uma diminuição da latência para o início do sono e para o sono REM, aumento da quantidade de sono REM e microacordares frequentes. No teste das múltiplas latências do sono, o início do sono ocorre geralmente nos primeiros cinco minutos e o sono REM apresenta-se em pelo menos dois dos cincos registros.
6. Distúrbios do Ritmo Circadiano (ver item específico no site)
Circadiano provém do latim “cerca de um dia” (circa diem). Para facilitar a compreensão destes distúrbios imagine que o ritmo circadiano do nosso sono é o nosso “relógio biológico”. Então podemos dizer, mais simplificadamente, que os distúrbios do ritmo circadiano do sono são alterações dos horários “normais” do sono de nosso relógio biológico que provocam sintomas de insônia, fadiga, cansaço, entre outros.
Existem vários distúrbios do ritmo ciarcadiano. Os principais são:
Síndrome Jet-Lag
Síndrome do Avanço da Fase de Sono
Síndrome do Atraso da Fase de Sono
Distúrbio dos Trabalhadores em Turnos

7. Hipersonia primária (HP)
A característica essencial da HP é a sonolência excessiva por um período mínimo de 1 mês, evidenciada por episódios prolongados de sono ou por episódios de sono diurno ocorrendo quase que diariamente. Em indivíduos com HP, a duração do principal episódio de sono (para a maioria dos indivíduos, sono noturno) pode variar de 8 a 12 horas, sendo freqüentemente seguido por dificuldade de despertar pela manhã, sendo a qualidade do sono noturno normal.

TRATAMENTO DA SONOLÊNCIA EXCESSIVA
O Tratamento da Sonolência Excessiva deve ser focado nas causa do problema. Deve-se procurar a ajuda de um médico especialista em distúrbios do sono (medicina do sono) para realizar-se o correto diagnóstico e o subsequente tratamento ideal para cada caso.


Narcolepsia

Narcolepsia é uma condição neurológica caracterizada por episódios irresistíveis de sono e em geral distúrbio do sono. É um tipo de dissonia.
A causa da narcolepsia é o déficit do neurotransmissor denominado orexina no hipotálamo. O déficit deste neurotransmissor estimulante leva à sonolência excessiva. A orexina é também denominada de hipocretina.
Sua prevalência é em torno de 0.02-0.18% na população em geral considerando E.U.A, Europa e Japão, no Brasil ainda não há um estudo de prevalência da Narcolepsia. Esta prevalência equivale a 1 caso da doença em cada 2000 pessoas.

O sintoma mais expressivo é a "preguiça" e sonolência diurna excessiva, que deixa o paciente em perigo durante a realização de tarefas comuns, como conduzir, operar certos tipos de máquinas e outras acções que exigem concentração. Isso faz com que a pessoa passe a apresentar dificuldades no trabalho, na escola e, até mesmo, em casa.
Na maioria dos casos, o problema é seguido de incompreensão familiar, de amigos e patrões. A sonolência, geralmente, é confundida com uma situação normal, o que leva a uma dificuldade de diagnóstico. É comum portadores de narcolepsia passarem a vida inteira sem se darem conta que o seu quadro é motivado por uma doença, sendo tachados por todo esse tempo de preguiçosos e dorminhocos. No entanto, se o narcoléptico procurar ajuda especializada, vai descobrir que é vítima de um mal crônico, cujo tratamento é feito por meio de estimulantes e que se pode prolongar por toda a vida.
As manifestações da narcolepsia, principiando pela sonolência diurna excessiva, começam geralmente na adolescência, quando piora, leva à procura médica à medida que os sintomas se agravam. A narcolepsia é um dos distúrbios do sono que pode trazer consequências individuais, sociais e econômicas graves.

Sintomas da narcolepsia

Sonolência excessiva durante o dia - desejo incontrolável de dormir durante o dia, mesmo depois de ter dormido bastante na noite anterior.
Cataplexia - ataque repentino e geralmente breve de fraqueza muscular relacionado a uma reação emocional forte (medo, raiva, alegria).
Paralisia hipnagógica do sono - episódios breves de paralisia que acontecem quando a pessoa está pegando no sono.
Paralisia hipnopômpica do sono - episódios breves de paralisia que acontecem quando a pessoa está acordando.
Alucinações hipnagógicas - alucinações intensas, geralmente visuais ou auditivas, que acontecem no princípio do sono (algumas vezes entre pegar no sono e entrar no estado de sono profundo).
Alucinações hipnopômpicas - alucinações intensas, geralmente visuais ou auditivas, que acontecem quando a pessoa está acordando.

Tratamento

O tratamento da narcolepsia é feito com medicamentos estimulantes (simpaticomiméticos) para manter os narcolépticos acordados, incluindo a anfetamina e seus derivados como o metilfenidato. A modafinila também vem sendo utlizada com boa eficácia com esta finalidade, sendo recentemente liberada a sua comercialização no Brasil. Os antidepressivos como imipramina ou fluoxetina são prescritos para controlar a cataplexia, a paralisia do sono e as alucinações.
Fazer exercícios regulares (pelo menos três horas antes da hora de dormir), evitar ou reduzir o consumo de cafeína durante a tarde e à noite, tirar cochilos planejados e comer refeições leves durante o dia podem aliviar a sonolência durante o dia e o sono agitado à noite.
Por ser uma doença de longa duração, o tratamento inclui também a orientação dos pacientes e familiares, orientação para a escolha de profissões compatíveis com o problema, além de medidas para prevenção de acidentes graves devido a sonolência excessiva e ataques de sono.


Pesadelos

Pesadelos são sonhos que ocorrem durante a fase de movimentos rápidos dos olhos (REM) e que traz sensações fortes, e sem escapatória, de medo, terror, angústia ou ansiedade extrema, normalmente acordando a pessoa.

Os pesadelos tendem a ser mais comuns entre as crianças, diminuindo sua freqüência com a idade. Nas crianças, o conteúdo do pesadelo pode ser influenciado pelas experiências do dia como televisão, filmes ou eventos assustadores da vida real. Nos adultos, essa associação é menos específica. A maioria dos adultos tende a não se recordar do conteúdo de seus sonhos ou pesadelos, ou apenas de pequenas partes dessas experiências.

Os pesadelos ocasionais sem outros sintomas são ocorrências comuns e não precisam de tratamento.

Alimentar-se imediatamente antes de ir dormir, o que aumenta o metabolismo do corpo e a atividade cerebral, pode provocar a ocorrência de pesadelos com mais freqüência.

Causas comuns:

-  doença com febre
-  morte de um ente querido (distúrbio de estresse pós-traumático)
-  ansiedade ou estresse
-  reação adversa a, ou efeito colateral de, um medicamento
-  suspensão recente de ingestão de uma droga, como pílulas para dormir
-  efeito do álcool ou consumo de álcool excessivo
-  abstinência alcoólica abrupta.

Obs.: Este problema pode ter outras causas. A lista não menciona todas elas, nem as cita em ordem de probabilidade. As causas deste sintoma podem incluir doenças pouco comuns e medicamentos. Além disso, as causas variam conforme a idade e sexo da pessoa afetada e os seguintes aspectos específicos dos sintomas: localização, características, evolução, fatores agravantes, fatores atenuantes e queixas associadas.

Terror Noturno

O terror noturno acomete 3% das crianças e tem um importante componente familiar. Ocorre com maior freqüência entre 5 e 7 anos de idade. A ocorrência diminui com a idade, sendo que menos de 1% dos adultos apresentam este distúrbio do sono. Caracteriza-se por súbito alerta a partir de um sono de ondas lentas com um grito penetrante acompanhado por manifestações autônomas e comportamentais de medo intenso.
Os terrores noturnos manifestam-se como descarga autônoma severa com taquicardia, taquipnéia, rubor da pele, diaforese, midríase, diminuição da resistência da pele e aumento do tono muscular. O paciente geralmente se senta na cama, fica não-responsivo a estímulos exteriores e, se acordado, está confuso e desorientado. Ocorre amnésia para o episódio, embora algumas vezes haja relatos de fragmentos de imagens oníricas vívidas muito breves ou alucinações. O episódio pode ser acompanhado por vocalizações incoerentes ou micção.
Os ataques duram de 30 segundos a 5 minutos, sendo raramente mais longos. As crianças voltam a dormir em seguida. Alguns episódios podem estar relacionados com estado febril. Tais ataques de terror noturno tendem a ocorrer no início da noite, fato que pode ajudar na diferenciação com pesadelos que ocorrem na final da noite de sono.
A família deve procurar auxílio de um médico especializado em Medicina do Sono e verificar quais os tratamentos mais adequados ao caso. Existem várias modalidades de tratamento extendendo desde auxílio psicológico até o uso de medicamentos específicos com orientação médica, que conjuntamente apresentam boa eficácia.

Sonambolismo

"Sonâmbulo é alguém que não está nem acordado nem dormindo". Os episódios ocorrem quando a consciência e a memória dormem e a parte motora é despertada repentinamente, pelo ronco, por um distúrbio epiléptico ou por um barulho. A pessoa não tem um despertar normal e passa a andar ou falar coisas desconexas.

Alguns sonâmbulos abrem portas e saem de casa. Outros trocam de roupa, abrem janelas e gavetas, alimentam-se ou urinam. A coordenação no início dos episódios é pobre, podendo tornar-se mais complexa. A expressão facial é estática, e o indivíduo geralmente mantém os olhos abertos e fixos.

Normalmente se recomenda não acordar o sonâmbulo, apenas o conduzir de volta para a cama, pois ele pode ficar agressivo, assustado, confuso e machucar-se.
Às vezes, os sonâmbulos podem se machucar ao escorregar ou perder o equilíbrio, especialmente ao descer escadas ou pular janelas. Alguns andam de braços estendidos pela casa, como forma de evitar obstáculos. Os episódios, que geralmente ocorrem no primeiro terço da noite, duram de alguns segundos até cerca de 20 minutos, mas já foram registrados casos (raros) com duração entre 30 e 40 minutos.

As causas desse distúrbio do sono ainda não são totalmente conhecidas, e costumam ser variadas. Remédios para dormir, distúrbios epilépticos e o ronco, por exemplo, podem deflagrar os episódios de sonambulismo. O sonambulismo não requer tratamento, a não ser que esteja ocorrendo numa freqüência preocupante, ou a pessoa esteja sofrendo ou causando lesões em outras pessoas.

O tratamento varia conforme a gravidade do caso e consiste em orientação, medidas comportamentais e medicamentos. Quando acontece na infância costuma evoluir bem. Quando começa na vida adulta é preciso fazer o diagnóstico diferencial com outras patologias neurológicas.

Comportamentos característicos:

. Senta na cama e fala durante o sono
. Caminha pelo quarto ou pela casa
. Os episódios em geral duram de poucos segundos até 20 minutos
. Anda de olhos abertos
. Tem dificuldade em ser acordado
. Não lembra do episódio
. Ao ser acordado, pode reagir de forma brusca
. Alguns andam de braços estendidos.

Dicas para lidar com um sonâmbulo:

  • Se o sonâmbulo sai do quarto e caminha pela casa, acompanhe o deslocamento e procure conduzi-lo gentilmente para a cama.
  • Procure não encostar na pessoa, pois ela pode reagir com empurrões, uma reação de fuga.
  • Se for preciso acordá-la, tente usar palavras.
  • Tranque janelas.
  • Evite beliches.
  • Tire a chave da fechadura da porta da casa.
  • Afaste objetos ou móveis que possam representar risco de ferimentos
  • Facas e outros objetos cortantes devem ser retirados do alcance da pessoa.
  • Ao se hospedar em andares altos, na casa de amigos ou em hotéis, verifique a segurança das janelas"
Enurese Noturna

Enurese é o hábito involuntário de urinar durante o sono, mais conhecido como "fazer xixi na cama". A partir de 5 anos de idade para as meninas e 6 anos para os meninos é considerado ANORMAL que ocorra enurese mais que 2 vezes por mês. A enurese acomete principalmente crianças e adolescentes em alguns casos também adultos jovens. Estima-se que 2% a 3% dos jovens podem sofrer de enurese.
A Enurese Noturna tem causa biológica. E o fator genético é determinante. Em geral há mais de um caso na familia. Infecções urinárias ou malformações congênitas também podem causar a enurese.
A Enurese possui duas classificações:
Enurese Noturna Primária: quando a criança passa dos cinco anos sem nunca ter apresentado um período prolongado de controle. È a mais comum: 15% das crianças acima dos cinco anos tem Enurese Noturna.
Enurese Noturna Secundária: quando a criança já apresentou um período (cerca de seis meses) de controle, e de repente volta a fazer xixi na cama. É a mais complicada e pode estar associada a fatores emocionais.
É grande o impacto na qualidade de vida da criança com Enurese Noturna Primária, não tratada. É comum a criança e o adolescente se isolarem, com: baixa auto-estima, ansiedade , fraco desempenho escolar. 
Existem tratamentos eficazes para tratar a Enurese como mudança de hábitos, comportamentos e também medicamentos.
Ao perceber que a criança com mais de cinco anos idade, ainda molha a cama à noite, procure ajuda médica.

Sindrome das Pernas Inquietas

O que é Síndrome das Pernas Inquietas?
É uma sensação de desconforto nas pernas, não dolorosa, acompanhada de uma irresistível vontade de mexê-las. Os pacientes usam vários termos para tentar descrever o que sentem: “agonia nas pernas”, “coceira nos ossos”, “alfinetadas”, “insetos caminhando pelas pernas”, “pernas querendo dançar sozinhas”, entre outras. Pode ser sentida também nos braços em casos mais graves.
Os sintomas pioram ou só aparecem quando o indivíduo está descansando e desaparecem com movimento. Pioram à noite, especialmente quando o indivíduo se deita. Movimentos dos pés dedos e pernas são vistos quando o indivíduo está sentado ou deitado. Essa inquietação pode ser interpretada erroneamente como nervosismo.
É preciso não confundir esse distúrbio com certos movimentos rítmicos e repetitivos que aparecem quando a pessoa está distraída ou muito tensa. Há quem balance as pernas enquanto lê, escreve ou vê televisão, mas isso nada tem a ver com a síndrome das pernas inquietas. São cacoetes que desaparecem assim que a pessoa se dá conta do que está fazendo.
Os sintomas de SPI podem causar dificuldade para adormecer e permanecer dormindo. Aproximadamente 80% das pessoas com SPI têm também movimentos periódicos dos membros durante o sono (PLMS), esses “puxões” acontecem a cada 20-30 segundos durante a noite toda, causam microdespertares que interrompem o sono.
Por causa da dificuldade de dormir e manter-se no sono, as pessoas se sentem cansadas e sonolentas durante o dia, aumentando irritabilidade, inabilidade para lidar com o estresse, depressão, dificuldade para concentração e memória. Por causa da urgência em movimentar as pernas, longas viagens e atividades de lazer são quase impossíveis.

Tipos de síndrome das pernas inquietas

Há dois tipos de síndrome das pernas inquietas:
1. Síndrome das pernas inquietas primária ou idiopática:
Esse é o tipo mais comum. É chamado primário ou idiopático por não ter uma causa identificável, mesmo após a investigação realizada pelo médico. Estudos mostram que nestes casos existe um importante componente genético no surgimento da doença. A síndrome das pernas inquietas primária, uma vez que aparece, geralmente torna-se uma condição para toda a vida. Com o passar do tempo os sintomas tendem a piorar e ocorrem mais freqüentemente, especialmente se a síndrome das pernas inquietas primária começar quando a pessoa é jovem. Em casos leves, pode haver grandes períodos sem sintomas, ou os sintomas podem durar um tempo limitado.
2. Síndrome das pernas inquietas secundária:
Esse tipo é causado por outra doença ou condição médica, e algumas vezes por certos medicamentos. Os sintomas geralmente desaparecem quando a pessoa fica boa ou melhor da doença ou condição médica, ou quando pára de tomar o medicamento que causou a síndrome das pernas inquietas.
A síndrome das pernas inquietas secundária é causada por certos medicamentos ou por outra doença ou condição médica. Algumas doenças e condições médicas que podem causar a síndrome das pernas inquietas secundária são:
* Deficiência de ferro, com ou sem anemia.
* Falha nos rins.
* Diabetes.
* Mal de Parkinson.
* Danos ao nervos das mãos ou pés.
* Artrite reumatóide.
* Gravidez.

A síndrome das pernas inquietas secundária é comum em mulheres grávidas, ocorrendo nos últimos 3 meses de gravidez e geralmente melhorando ou desaparecendo em algumas semanas depois do parto. Porém, algumas mulheres podem continuar a ter os sintomas depois do parto ou desenvolver síndrome das pernas inquietas de novo mais tarde.
É geralmente diagnosticada somente após vários anos de sintomas em adultos de meia idade. Alguns destes já apresentavam os sintomas desde a infância e podem ter sido chamados de dor de crescimento ou hiperatividade, porque a criança não parava quieta na hora da aula. Crianças inquietas, hiperativas que pedem para massagear suas pernas na hora de dormir podem estar manifestando a SPI.

Diagnóstico

O diagnóstico de SPI é feito através da história clínica e da descrição das sensações. Não há exames laboratoriais que confirmem o diagnóstico, mas estes podem ser feitos para afastar outras doenças do sono. O exame de sangue é necessário para medir a deficiência de ferro. A polissonografia pode evidenciar os movimentos periódicos de membros à noite, reforçando o diagnóstico e avaliando a influência destes movimentos na qualidade de sono do indivíduo.

Tratamento

O tratamento oferecido tem como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com SPI, balanceando riscos e benefícios.
Se uma deficiência de ferro for detectada, utiliza-se suplemento de ferro, vitamina B12, que pode ser suficiente para acabar com os sintomas.
Muitos pacientes com SPI têm seus sintomas causados ou agravados, pela utilização de outros medicamentos.
Certos hábitos e costumes podem piorar os sintomas de SPI. Uma boa higiene do sono deve ser seguida, pois a fadiga e sonolência tendem a piorar os sintomas. Higiene do Sono significa encontrar o melhor horário para dormir e acordar e mantê-lo todos os dias, dormindo o mesmo número de horas. Exercícios físicos moderados são recomendados até seis horas antes do horário de dormir. Para algumas pessoas, ao contrário, exercícios físicos logo antes de dormir são benéficos.
Apesar da cafeína aparentemente melhorar os sintomas, ela os intensifica e os atrasa para mais arde da noite. A melhor solução é evitar todos os produtos com cafeína: café, chá mate, chá preto, refrigerantes, chocolate e alguns medicamentos. O consumo de bebidas alcoólicas aumenta a intensidade dos sintomas, de novo a melhor solução é evitá-las.
Atividades físicas como banho quente, massagens, técnicas de relaxamento, trabalhos manuais, alguma outra atividade que mantenha a mente ocupada, podem ser benéficas, mas dependem da gravidade dos sintomas de cada pessoa. Algumas pessoas não conseguem encontrar alívio com qualquer atividade e precisam de medicamentos.
Alguns medicamentos são utilizados para o tratamento da SPI como agonistas dopaminérgicos, sedativos, medicações para dor e anticonvulsivantes. Cada droga tem seus benefícios, limitações e efeitos colaterais. A escolha da medicação depende da gravidade dos sintomas. Procure um médico especialista em distúrbios do sono para conduzir o tratamento mais adequado ao seu problema.
Como se trata de um distúrbio crônico, o acompanhamento com seu médico a procura de tratamento equilibrado é fundamental para se viver bem e com qualidade apesar da SPI.

Bruxismo Noturno

Bruxismo do sono é um distúrbio do sono caracterizado pelo apertar e ranger dos dentes, de forma involuntária,  com aplicação de forças excessivas sobre a musculatura mastigatória. A palavra bruxismo do sono vem do grego brycheinm, que significa ranger dos dentes.
O bruxismo diurno é diferente do bruxismo noturno ou do sono. Assim, o bruxismo diurno é caracterizado por uma atividade semivoluntária da mandíbula, de apertar os dentes enquanto o indivíduo se encontra acordado, onde geralmente não ocorre o ranger de dentes, e está relacionado a um tique ou hábito. Já o bruxismo do sono é uma atividade inconsciente de ranger ou apertar os dentes, com produção de sons, enquanto o indivíduo encontra-se dormindo.
O bruxismo do sono é um problema que afeta sobretudo as crianças podendo também afetar os adultos.
O ranger provoca um desgaste nos dentes que pode afetar a integridade dos mesmos e comprometer a saúde bucal. O bruxismo do sono também "força" e cria tensões ao nível das articulações temporomandibulares (ATM) que pode causar desgastes e eventuais problemas.
As causas do bruxismo do sono são multifatoriais e ainda pouco conhecidas. A má oclusão dentária e tensão emocional podem estar relacionadas a este distúrbio.
O ruído característico do ranger dos dentes, desgaste dentário, hipertrofia dos músculos mastigatórios e temporais, dores de cabeça, disfunção da articulação temporomandibular, má qualidade de sono e sonolência diurna estão entre as principais manifestações clínicas do bruxismo do sono.

O diagnóstico é feito pela observação de um desgaste dentário anormal, ruídos de ranger de dentes durante o sono e desconforto muscular mandibular.
A polissonografia registra os episódios de ranger dos dentes, permitindo identificar alterações do sono e microdespertares. As alterações predominam no estágio 2 do sono não REM e nas transições entre os estágios.
A polissonografia permite ainda o diagnóstico de outros distúrbios do sono, tais como ronco, apnéia do sono, movimentos periódicos dos membros, distúrbio comportamental do sono REM e outros.
O tratamento deve ser individualizado para cada paciente. Como o bruxismo do sono tem causas variadas, o tratamento também segue na mesma direção. O uso de placas orais moles (silicone) ou duras (acrílico) visa a proteção dos dentes prevenindo o desgaste dentário ou fraturas durante o sono. Geralmente se faz necessário abordagem psicoterápica, odontológica, farmacológica e suas combinações, de acordo com o perfil do paciente.
Aplicações locais de toxina botulínica nos músculos envolvidos têm sido utilizadas em casos de bruxismo do sono que não respondem ao tratamento convencional.

Distúrbios no Ritmo Circadiano

Circadiano provém do latim “cerca de um dia” (circa diem). Para facilitar a compreensão destes distúrbios imagine que o ritmo circadiano do nosso sono é o nosso “relógio biológico”. Então podemos dizer, mais simplificadamente, que os distúrbios do ritmo circadiano do sono são alterações dos horários “normais” do sono de nosso relógio biológico que provocam sintomas de insônia, fadiga, cansaço, entre outros.
Existem vários distúrbios do ritmo circadiano. Os principais são:

1. Síndrome Jet-Lag
2. Síndrome de Avanço da Fase de Sono
3. Síndrome de Atraso da Fase de Sono
4. Distúrbio dos Trabalhadores em Turnos

1. Síndrome Jet-Lag

São alterações do nosso “relógio biológico” do sono causadas por longas viagens transcontinentais (através de vários fusos horários). Aproximadamente um terço dos viajantes não experienciam este problema. As causas do jet lag são o estresse ou fadiga relacionado ao vôo, a perda do sono e as relações temporais alteradas entre o sistema circadiano e o novo ciclo local claro-escuro.
O jet-lag é uma condição temporária. Tipicamente os sintomas começam um a dois dias após a chegada ao local de destino. A severidade e a duração dos sintomas são tanto maiores quanto mais numerosos forem os meridianos ultrapassados. Estima-se que demore um dia para o ajustamento correto do “relógio biológico” ao tempo do local de chegada para cada fuso horário ultrapassado.
Prevenção e tratamento da síndrome Jet-Lag:
Antes do vôo:
- Evite ficar privado de sono nas noites anteriores à viagem.

Durante o vôo:
- Evite bebidas alcoólicas e com cafeína durante o vôo (evitando a fragmentação do sono);
- Ingira bastante água para evitar a desidratação;
- Alimentação: ingira alimentos ricos em carboidratos ao anoitecer e ricos em proteínas pela manhã;
- Procure dormir durante o vôo: use máscara para os olhos e tampões para os ouvidos; evite manter-se acordado vendo filmes;
- Uso de hipnóticos de curta e/ou média duração para induzir o sono;
- Incline o assento o máximo possível (40 graus), caso você não viaje de primeira classe.

No local de destino:
- Siga os horários do local de destino;
- Evite ir para o hotel ao chegar e procure aproveitar a luz natural ou a luz de alta intensidade durante o dia;
- Evite a luz intensa, à noite, no local de destino;
- Durma em quarto escuro e tranqüilo, à noite, no local de destino;
- Procure dormir a mesma quantidade de horas que no seu local de origem;
- Evite cochilos durante o dia no local de destino: aumenta muito o alerta;

OBS: Hipnóticos de curta duração ou Melatonina pode ser utilizado no local de destino (uso por até 4 dias). Procure o seu médico para que este prescreva e oriente o medicamento ideal antes da viagem.

2. Síndrome do Atraso/Avanço da fase do sono

Esses distúrbios estão relacionados com o relógio biológico, fazendo com que a pessoa atrase ou adiante o horário de início de sono.
No atraso de fase, por exemplo, a pessoa não consegue dormir antes das 2 horas da manhã, podendo iniciar o sono somente no início da manhã. Devido aos compromissos, a maioria das pessoas precisa acordar cedo, o que faz com que não consiga ter a quantidade de horas de sono suficientes para se sentir bem. Diante disso, passa o dia cansada e sonolenta e quando chega a noite, mais uma vez não consegue adormecer mais cedo. Por que não se caracterizaria como uma insônia? Porque a insônia seria a incapacidade de dormir e, neste caso, a pessoa consegue dormir, mas em horários que não dá para conciliar com seu ritmo de vida. Caso a pessoa tenha a possibilidade e não precise acordar cedo, como nas férias, por exemplo, o sono ocorre em tempo suficiente para se sentir bem.

No avanço de fase, por sua vez, a pessoa tem sono muito cedo, mais que três horas que o horário socialmente convencional e, conseqüentemente, acorda de madrugada, após o número de horas de sono que necessita. Como no atraso de fase, não há alteração na qualidade nem na quantidade de sono, mas somente é necessária uma adequação dos horários. A pessoa sente sonolência excessiva no final da tarde ou começo da noite e desperta naturalmente muito cedo pela manhã (entre 2h e 5h da tarde). A princípio, se a pessoa estiver bem adaptada a esses horários, esse distúrbio não traz maiores prejuízos, contudo, devido ao estilo de vida, pode ser que precise dormir mais tarde, continuando a acordar muito cedo espontaneamente, o que leva a um sono insuficiente crônico.

Dentro dos distúrbios do ritmo circadiano, a síndrome do ATRASO é mais comum que o avanço da fase de sono, respondendo por cerca de dez por cento dos pacientes com insônia crônica. Geralmente, o início da SAFS ocorre na adolescência, sendo raro após a idade de 30 anos. Diversos estudos mostraram que a proporção entre homens e mulheres varia entre adolescentes de 10:1 até 1:1 em adultos.
Uma das formas de tratamento mais utilizado, tanto para o ATRASO quanto para o AVANÇO da fase de sono, na prática é a cronoterapia, pela sua simplicidade e baixo custo. A cronoterapia é uma técnica comportamental na qual a hora de deitar-se é sistematicamente atrasada ou adiantada em 1 a 3 horas a cada dia até reestabelecer-se o horário “normal” para o início do sono do indivíduo.
O tratamento com o uso de luz de alta intensidade (fototerapia) pode ser também indicado. A variação provocada no “relógio biológico” é maior usando uma luz de alta intensidade, quando comparado ao uso da luz comum do quarto. Deve ser realizado um cuidadoso planejamento da fototerapia tendo em vista que há um risco de obter-se mudanças de fases exageradas, ou até mudanças de fase na direção oposta ao previsto à exposição da luz num horário específico do dia. A aplicação terapêutica da luz de alta intensidade exige um controle total sobre a exposição de luz ao longo do dia nos pacientes. A exposição planejada à luz solar também pode ser eficaz em alguns casos.
Um medicamento específico, a melatonina, pode estar indicada para o tratamento de casos selecionados com boa eficácia e segurança.

3. Distúrbio dos Trabalhadores em Turnos

É o distúrbio daqueles que trabalham à noite e “tentam” dormir durante o dia. Nos dias atuais é cada vez mais comum os trabalhadores que fazem plantões noturnos. É caracterizado por queixas de sonolência e/ou insônia em pessoas que trabalham em horas que normalmente deveriam estar dormindo. A insônia pode ser referida pelo paciente como sono não-reparador e a sonolência manifestar-se nos horários de trabalho. Fadiga e sintomas de mal-estar geral são comuns. O trabalho em turnos rotativos parece ser o mais prejudicial aos ritmos circadianos e à qualidade de vida. O distúrbio causa queda do desempenho funcional e aumento significativo do risco de acidentes no trabalho ou fora dele. Há um conflito em torno dos horários para o trabalho e o das atividades sociais, o que pode redundar em irritabilidade e queda da qualidade de vida. Os ritmos circadianos da pessoa são prejudicados pela constante exposição à luz em horários impróprios. Podem surgir distúrbios gastrointestinais e cardiovasculares; disfunções familiares também são comuns. Este distúrbio pode ser diagnosticado por meio da história clínica, e a polissonografia se faz necessária apenas quando outros distúrbios do sono devem ser excluídos.